A paralisação dos caminhoneiros iniciada nesta última segunda-feira, 21, começou a afetar as operações dos Correios e deve atrasar as entregas de produtos comprados online no Brasil ou fora do país. Em notas (disponíveis aqui e aqui), a empresa anunciou a suspensão da postagem de encomendas com data marcada (os Sedex 10, 12 e Hoje) e um aumento de cinco dias úteis no prazo de entrega das outras modalidades, como de serviço internacional, Sedex e PAC.
De acordo com os Correios, as paralisações afetam especialmente os veículos usados para fazer as entregas por terra. A empresa conta com 25 mil deles, os principais afetados pelos protestos, e também com 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas.
Em um dos comunicados, os Correios garantiram estar “acompanhando os índices operacionais de qualidade de toda essa cadeia logística”. Além disso, “tão logo a situação do tráfego nas rodovias retorne à normalidade, a empresa reforçará os processos operacionais para minimizar os impactos à população”.
Os caminhoneiros iniciaram as manifestações há dois dias, fechando rodovias em todo o Brasil em protesto aos aumentos sucessivos no preço do diesel. Os protestos não fizeram a Petrobrás mudar de ideia em relação à política de preços. O governo, por sua vez, anunciou que deve eliminar a um dos tributos, a Cide, sobre o combustível dos caminhões, mas apenas depois de aprovar um novo projeto envolvendo folhas de pagamento. Porém, o corte imposto não vai representar uma boa redução no preço – e as paralisações podem continuar.