Conheça um pouco mais sobre o conjunto de ferramentas de prototipagem eletrônica open source, que visa tornar mais fácil a criação de aparelhos eletrônicos e uma série de outras funcionalidades
Nascido na cidade de Ivrea, na Itália, em 2005, o Arduino foi projetado inicialmente para aplicações escolares. Mas o sucesso dessa placa foi tão grande, que ela caiu no gosto popular dos apaixonados por tecnologia e inovação.
Uma placa dessas geralmente é usada para automação de projetos eletrônicos e/ou robóticos, feito por amadores e também por profissionais. Ela facilita a prototipagem, implementação ou emulação do controle de sistema interativos, seja ele doméstico, comercial ou móvel.
Com uma placa Arduino é possível enviar ou receber informações a partir de qualquer sistema eletrônico conectado a ela. Basicamente, o Arduino é constituído por um controlador Atmel AVR de 8 bits, pinos digitais e analógicos de entrada e saída, entrada USB ou serial, além de possuir um código aberto que permite criar variações da placa como o Netduino, Produino e Garagino. Apesar de não possuir conexão de rede, a placa pode ser combinada com outros Arduinos formando extensões que são chamadas de shields.
Mas antes de falar das suas aplicações, é importante conhecer os modelos mais usados pelos desenvolvedores.
Arduino Uno
Geralmente é o primeiro Arduino de muitos que querem tocar projetos utilizando esse tipo de plataforma. Ela possui um bom número de portas disponíveis, além de uma grande compatibilidade com a maioria dos shields disponíveis no mercado. Seu processador é ATMEGA328 e vem com 14 portas digitais. Sua alimentação pode ser feita via conexão USB ou por um conector externo com voltagem entre 7 e 12 Vdc.
Arduino Mega
Indicada para projetos mais complexos, o Arduino MEGA se destaca por ser o modelo mais utilizado para impressoras 3D e projetos que envolve a robótica. Ela possui 54 portas digitais, entre elas 15 podem ser usadas como PWM e outras 15 de forma analógica. Segue o mesmo padrão de alimentação da placa UNO.
Arduino Nano
Ela é uma placa compacta semelhante à Uno. Tem base na ATmega329 (para placas Arduino Nano versão 3.x), ou ATmega168 (versão 2.x). Não possui conector para alimentação externa, sua alimentação é feita por um conector USB Mini-B. Geralmente essa placa é utiliza para projetos mais compactos e que exigem atualização constante de software.
Multiplas aplicações
Sabe aquela máxima de que o céu é o limite? Com Arduino você pode ir além dela. As aplicações com a plataforma são ilimitadas e vai depender muito da criatividade e da dedicação do desenvolvedor. Quando você conecta a placa ao computador, você pode escrever códigos para o Arduino através da lingaguem C/C++.
Seus sensores permitem que você faça a intergração com outros dispositivos e também interaja com outros aparelhos. Ou seja, ela pode funcionar por meio da sua própria interface ou com a interação de outros aplicativos instalados no seu computador. Com isso, dá pra instalar os mais diversos gadgets desde os mais robustos até os mais simples.
O campo da medicina, da engenharia, da arquitetura e principalmente da automação, têm usado bastante o Arduino. Os makers também utilizam essa prototipagem para realizar seus projetos. Durante a residência hacker que está rolando no Red Bull Basement, os residentes usam a plataforma para criar seus projetos e você pode saber mais sobre eles aqui. Abaixo você encontra alguns exemplos de aplicações em Arduino. Se liga:
Automação básica via celular
Neste você encontra desde instrumento musicais feito com bananas até um controle pra jogar Angry Birds.
Aqui você encontra diversos exemplos de aplicações em robótica.
No campo da medicina, esse vídeo mostra o passo a paso da criação de um medidor de glicose no sangue.
Sabe aquela parada que tem no seu smartpthone de desbloquear a tela com a impressão digital? Então, esse projeto faz a caixa de brinquedo do filho do desenvolvedor abrir com a digital dele.
Fique ligado! O Red Bull Basement não se restringe apenas ao programa de residência para desenvolvedores de tecnologia. Ao longo do ano, também serão oferecidas atividades abertas ao público geral no makerspace e, dia 02 de setembro, os interessados pelo tema também poderão participar do Festival Red Bull Basement com palestrantes nacionais e internacionais, que debaterão cidades e novas tecnologias. Veja a programação completa e como se inscrever nas palestras AQUI!